segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ética de Platão

Ética de Platão:


Coerente com a sua teoria sobre a alma,
Platão ensina o homem a desprezar os prazeres, as riquezas, as honras e todos os
bens do mundo e praticar a virtude. Este é o caminho da felicidade. A vida só
tem sentido se a alma for direcionada para o retorno ao lugar de onde veio, já
que se encontra prisioneira do corpo.
Após a morte do corpo, a alma será
julgada pelo que fez, e poderá ter um desses destinos: se viveu na justiça,
receberá um prêmio; se viveu na injustiça total, receberá o castigo eterno (o
Tártaro); se tiver cometido algumas injustiças e se arrepender, receberá um
castigo temporário. Porque o pior pecado é a injustiça, quem a faz pratica um
mal maior a si mesmo do que a quem é atingido.
Para praticar a justiça e
praticar a virtude, que é a busca da verdade, a alma racional recebe ajuda da
sabedoria; a alma irascível recebe ajuda da fortaleza e a concupiscível recebe
ajuda da temperança, e a que controla as relações entre as três é a
justiça.
A ética de Platão é consequência da sua concepção dos dois mundos: o
sensível ou material que é das sombras e o supra-sensível ou ideal que é o
verdadeiro. Assim, as virtudes tradicionais dos gregos (saúde física, beleza,
riqueza, prazeres) são tidas por ilusórios. Por isso, o sábio deverá deixar de
lado os valores corporais e buscar os valores da alma, para libertá-la dos laços
que a prendem, e assim subindo nesse processo de purificação poder chegar à
contemplação das Idéias.